quinta-feira, 26 de setembro de 2013

Oriente Médio - A Proposta de Dois Estados (A Favor)

Dois Estados são mais viáveis

 Dois estados autônomos e soberanos e Jerusalém capital para ambos levaria à complementariedade

 A criação de dois Estados é a melhor solução para o conflito Israel x Palestina?  Sim.


A solução de dois Estados, um para a comunidade judaica e outro para os palestinos continua sendo, até hoje, a posição oficial dos organismos internacionais, como a ONU, das lideranças palestinas e, o mais importante, é a vontade da maioria esmagadora dos dois povos envolvidos.
Neste pequeno espaço destaco uma questão de fundo que deve ser considerada: a identidade nacional de cada um desses dois povos. A opção de um estado binacional levaria, mais cedo ou mais tarde, ao surgimento de conflitos internos entre os dois, lembrando que, antipatias e ódios estão sendo cultivados há décadas. Hoje temos duas identidades culturais e políticas, totalmente distintas e antagônicas. Ninguém abriria mão de sua própria identidade.

De um lado, os judeus alegam que a capacidade reprodutiva dos palestinos, que é maior que a dos judeus, levaria os palestinos a se tornarem maioria num prazo curto de tempo, no caso de um estado binacional democrático, e a comunidade judaica se tornaria minoritária e sem poder, colocando em risco a sua própria identidade. Por outro lado, os palestinos alegam que um estado binacional criaria um apartheid, mesmo com maioria palestina, uma situação idêntica àquela que ocorreu na África do Sul. Ou seja, a desconfiança é tanta de ambos os lados, que dificultaria até o diálogo numa mesa de negociação.
 Dois estados autônomos e soberanos, Jerusalém capital para ambos, sendo a área das instituições sagradas administrada por organismos internacionais e acordos a serem firmados nos campos diplomático e econômico constituir-se-ão iniciativas que, no tempo, tenderão a minimizar as desconfianças, levando a uma situação de complementariedade, não apenas entre palestinos e israelenses, mas também entre todos os países do Oriente Médio, resultando numa região economicamente desenvolvida, com povos vivendo em harmonia entre si.

Dois estados vizinhos, cada um abrigando uma minoria do outro, é uma situação fantástica para investir na harmonização das relações entre ambos os países. Respeitando-se os direitos da minoria judaica na Nova Palestina e da minoria árabe em Israel, abre-se caminho para uma efetiva relação entre os dois povos, inclusive, por motivos de parentesco que permanece existindo entre cada minoria e a maioria do país vizinho.

Muçulmanos e judeus, por longos períodos, viveram em harmonia. As cruzadas os expulsaram do sul europeu. Todos os países árabes receberam durante séculos as comunidades judaicas que se integraram totalmente com os seus povos. O ano de 1956 foi o marco da desgraça, quando Inglaterra, França e Israel atacaram o Egito, por ocasião da nacionalização do Canal de Suez.

O problema principal, a meu ver, reside em responder à seguinte questão: até que ponto o ocidente dominante está, de fato, interessado em ver resolvido o conflito entre árabes e israelenses? As tempestades da “Primavera Árabe” revelam, claramente, que os conflitos, naquela região, atendem aos interesses dos países centrais, seja por questões geopolíticas ou, mesmo, por recursos energéticos. Posso dizer, lamentavelmente, que o Oriente Médio voltará a viver em paz, somente, quando esgotar tudo aquilo que é de interesse dos países dominantes. Na hora “H” são esses países que definem como a questão israelense palestina deve ser resolvida.

(*) Mohamed Habib é professor da Unicamp e conselheiro do Instituto de Cultura Árabe
http://operamundi.uol.com.br/conteudo/opiniao/31321/dois+estados+sao+mais+viaveis.shtml 

Oriente Médio - A Proposta de Dois Estados (Contra)

Dois Estados: entre miragem e simulacro

 É preciso saber se se busca uma solução justa para a Palestina ou só uma solução

A criação de dois Estados é a melhor solução para o conflito Israel x Palestina?
NÃO

Quando se pensa a questão da Palestina, é preciso decidir se o que se está buscando é uma solução justa ou apenas uma solução.                                                                
É verdade que a Justiça é um conceito fugidio e que a sua realização por completo talvez não seja deste mundo. Mas ainda assim é algo que se pode perseguir.
A pergunta então é se a solução de dois Estados, segundo a fórmula agora consagrada, vivendo em paz, lado a lado, é uma solução, e se é, além disso, uma solução justa.

Ainda que, já faz um tempo, pareça haver razoável consenso de que a solução dos dois Estados é a única cabível – o que lhe empresta alguma legitimidade – o fato é que essa convicção nasce muito mais de um julgamento sobre a sua factibilidade política do que sobre a sua natureza equânime.
As pessoas e os Estados podem se convencer de que o melhor, o mais justo, é dar à tragédia nacional palestina, que é mais comumente representada como um conflito entre dois povos com pretensões concorrentes – por vezes, equivalentes – sobre a mesma terra, uma resposta que tenha alguma esperança de permanência e que seja aquela possível, nas circunstâncias.
Ocorre, no entanto, que, se o fazem honestamente, não se dão conta de que estão como quem persegue uma miragem.
O que os israelenses conseguiram fazer, ao longo de décadas, foi transformar continuamente as circunstâncias, para que o possível fosse cada vez menos.
O mundo, ou uma parte dele, teria acreditado, em 1947, que a solução de dois Estados que realizaria a Justiça dividiria a Palestina histórica praticamente meio a meio.
Hoje uma maioria pensa, ou ao menos diz, que o Estado palestino teria cerca de 20% do território histórico, seria desmilitarizado – já que, segundo a fórmula, ninguém se esquece de que é preciso garantir a segurança de Israel, o qual, por sua vez, imagina-se, não representa risco à segurança dos palestinos – e estaria virtualmente sob o controle de Israel.
A solução de dois Estados, tal com se anuncia hoje, concebe um Estado vivendo ao lado – talvez seja mais apropriado dizer acima – de um simulacro de Estado. E mesmo o simulacro parece longe do alcance das mãos.
Se e quando o simulacro se realizar, temo que será para permitir que uma solução enterre de vez a esperança de Justiça.

(*) Salem H. Nasser é professor de Direito Internacional da Direito-GV
http://operamundi.uol.com.br/conteudo/opiniao/31320/dois+estados+entre+miragem+e+simulacro.shtml 

quinta-feira, 19 de setembro de 2013

Trabalho para o 7º Ano 2013 - Reforma e Contrarreforma



1. Qual das alternativas abaixo aponta uma das causas da Reforma Protestante do século XVI?
A - O enfraquecimento da burguesia comercial no século XV.
B - A crise enfrentada pela Igreja Católica desde o final da Idade Média.
C - O fortalecimento das religiões politeístas na Europa desde o começo da Idade Média (século V).
D - A Peste Negra do século XIV que afastou a maioria dos europeus da Religião Católica.
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2. De que forma o Renascimento Cultural e Científico influenciou a Reforma Protestante?
A - As descobertas científicas e a valorização da ciência e da razão colocaram em cheque muitas posições da Igreja Católica, abrindo espaço para o surgimento do movimento reformista.
B - As obras de arte do Renascimento não abordavam temas religiosos, deixando de lado os valores cristãos.
C - Os artistas do Renascimento, principalmente Leonardo do Vinci e Michelangelo, organizaram politicamente os reis europeus em prol da Reforma Protestante.
D - Os escritores renascentistas ajudaram Lutero e Calvino na redação dos princípios reformistas.
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3. Por que grande parte da burguesia comercial europeia apoiou a Reforma Calvinista?
A - Porque os burgueses tinham grande interesse no enfraquecimento da Igreja Católica, na ressurgimento da Ciência e na volta do sistema feudal de produção.
B - Porque a burguesia comercial tinha interesses na compra das terras da Igreja Católica em toda Europa.
C - Ao contrário da Igreja Católica, o Calvinismo não condenava as práticas econômicas e financeiras que visavam o lucro.
D - Porque os membros da Igreja Calvinista, além do próprio Calvino, poderiam ajudar financeiramente os burgueses em suas atividades comerciais.
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4. Sobre a Reforma Luterana é correto afirmar:
A - A Reforma Luterana teve início na Inglaterra e teve forte apoio dos camponeses e monges franciscanos.
B - A Reforma Luterana foi idêntica à Reforma Calvinista, pois ambas eram contrárias a grande parte dos valores cristãos.
C - Lutero condenou os dogmas da Igreja Católica, a venda de indulgências e defendeu a ideia de que a salvação do homem ocorria pelos atos praticados em vida e pela fé.
D - Ela teve pouco impacto na Europa no século do século XVI, pois quase ninguém aderiu aos ideais de Martinho Lutero.
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5. Sobre a Contrarreforma (reação da Igreja Católica à Reforma Protestante) é correto afirmar que:
A - O movimento contrarreformista não teve o apoio do papa e dos bispos católicos, pois eles acreditavam que não havia nada o que fazer para evitar o avanço do protestantismo na Europa.
B - Ela conseguiu enfraquecer e terminar com todas as religiões protestantes já no século XVI.
C - Ela conseguiu instalar a paz religiosa na Europa, evitando qualquer tipo de perseguição ou conflito religioso.
D - Ela retomou o Tribunal do Santo Oficio, determinou a catequização de indígenas nas terras descobertas e criou o Índice de Livros Proibidos.

Assista agora um dos vídeos propostos abaixo: