domingo, 14 de abril de 2013

Novidades na pré história brasileira

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http://cienciahoje.uol.com.br/noticias/2011/03/novidades-na-fauna-pre-historica-brasileira

Paleontólogos anunciam achados fósseis que contribuem para o entendimento da diversidade de animais que habitaram o Brasil no período Cretáceo. Entre as descobertas estão o maior dinossauro carnívoro do país, um pequeno lagarto, um crocodilomorfo e penas.
Por: Sofia Moutinho
Publicado em 17/03/2011 | Atualizado em 25/03/2011
Novidades na fauna pré-histórica brasileira
A partir de fósseis encontrados no Maranhão, pesquisadores do Museu Nacional/UFRJ descreveram uma nova espécie de dinossauro, o maior animal carnívoro pré-histórico descoberto no Brasil. (ilustração: Maurílio Oliveira)
O maior dinossauro carnívoro brasileiro de que se tem notícia, penas fossilizadas, um lagartinho e um jacaré pré-históricos são as mais recentes novidades da paleontologia no Brasil. As descobertas, publicadas na edição atual dos Anais da Academia Brasileira de Ciências, contribuem para a compreensão da diversidade da fauna que viveu no país no período Cretáceo (entre 145 milhões e 500 mil e 65 milhões e 500 milhões de anos atrás).
Os achados foram anunciados ontem em evento organizado pela Academia Brasileira de Ciências e pelo Museu Nacional da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ). Chama a atenção a descrição do gigante carnívoro Oxalaia quilombensis, espécie que inaugura um novo gênero de dinossauros.
Oxalaia quilombensis
Representação artística do gigante carnívoro ‘Oxalaia quilombensis’, que media cerca de 14 m de comprimento e viveu no Brasil há 95 milhões de anos. (ilustração: Maurílio Oliveira)
O animal, que media cerca de 14 metros de comprimento do focinho à ponta da cauda e pesava em torno de sete toneladas, viveu há 95 milhões de anos na região hoje conhecida como Laje do Coringa, na ilha do Cajual, no Maranhão. Antes de sua descoberta, o maior carnívoro brasileiro era o Pycnonemosaurus, com nove metros.
A nova espécie foi descrita com base em fósseis da narina e de parte do maxilar do animal, encontrados bem conservados em 1997 e guardados no Museu Nacional desde então.
O Oxalaia quilombensis é também o primeiro dinossauro terópode (carnívoros bípedes da ordem Saurischia) do período Cretáceo Superior já descrito no país. A espécie, classificada entre os espinossaurídeos, é mais semelhante aos membros africanos do grupo, como o Spinosaurus aegipticus, do que aos espinossaurídeos já encontrados no Brasil.
Segundo a paleontóloga Elaine Machado, do Museu Nacional, esse é um indício de que o dinossauro brasileiro compartilha um ancestral em comum com o africano. “Na época em que Oxalaia viveu, os continentes já não estavam mais unidos”, afirma a pesquisadora. “Isso indica que ele pertence à mesma linhagem do dinossauro africano e se desenvolveu em paralelo aqui no Brasil.”
A origem africana do dinossauro também está presente em seu nome, que faz referência aos quilombos, comuns na região de sua descoberta, e à entidade religiosa oxalá.
No Nordeste – desta vez na bacia do Araripe, no Ceará – foram coletadas ainda três penas fósseis. O material deve levar a uma revisão das pesquisas sobre as penas já encontradas na região.
Pena fóssil
Pena fóssil de 115 milhões de anos encontrada na bacia do Araripe, no Nordeste do Brasil. (foto: Sofia Moutinho)
As penas fossilizadas, descobertas durante uma expedição de alunos da Universidade Federal de Pernambuco (UFPE), datam de 115 milhões de anos, quando já havia aves no planeta. Segundo a paleontóloga Juliana Sayão, da UFPE, as penas não têm estrutura adequada para o voo e provavelmente pertenciam a aves não voadoras ou a dinossauros terópodes.
“Ainda não podemos afirmar quem eram os donos dessas penas, porque até hoje não foram encontrados registros de aves dessa região para a comparação”, explica Sayão. Caso seja confirmado que as penas pertenciam a aves, elas serão os mais antigos vestígios aviários da América do Sul.

Lagartos e jacarés

As outras duas descobertas ocorreram em São Paulo, na bacia Bauru, que fica entre Marília e Presidente Prudente. Nos últimos anos, essa área tem sido fonte de muitos achados de dinossauros e pequenos vertebrados.
Mandíbula fóssil de Brasiliguana prudentis
Mandíbula fóssil do lagarto ‘Brasiliguana prudentis’. O pequeno animal, que viveu no período Cretáceo, media cerca de 15 cm. (foto: Anais da ABC)
Um deles é um lagarto de cerca de 15 cm que também viveu no período Cretáceo e foi batizado de Brasiliguana prudentis, por ser muito semelhante às iguanas atuais. O animal foi descrito com base em uma mandíbula fossilizada de 7 mm de comprimento encontrada extremamente preservada, com sete dentes intactos, em 2005.
O paleontólogo Willian Nava, do Museu de Paleontologia de Marília, conta que é muito raro encontrar fósseis inteiros de pequenos vertebrados na região. “Eu procurava vestígios de aves quando me deparei com esses ossinhos esbranquiçados, sonho de qualquer paleontólogo”, conta.
A segunda descoberta feita em São Paulo foi um crocodilomorfo, o Pepesuchus deiseae, que viveu na região há 80 milhões de anos. O animal predador media cerca de três metros de comprimento e habitava tanto a água quanto a terra.
Pepesuchus deiseae
Reconstrução do crocodilomorfo ‘Pepesuchus deiseae’ em vida, com duas mandíbulas fósseis ao fundo. Esse animal viveu há cerca de 80 milhões de anos na região entre Marília e Presidente Prudente, em São Paulo. (foto: Sofia Moutinho)
Foram coletados dois exemplares de crânio e mandíbulas fósseis do jacaré pré-histórico, que se junta agora às 15 outras espécies crocodilomorfas já encontradas na região. O que difere o Pepesuchus deiseae dos demais crocodilomorfos já descobertos é a presença de cinco afiados dentes pré-maxilares.
Com essa descoberta aumentamos o leque de espécies que existiam em São Paulo e podemos entender melhor quais animais habitavam quais lugares”, avalia um dos responsáveis pela descoberta, o paleontólogo Gustavo Oliveira, do Museu de Ciências da Terra.

Sofia Moutinho

Ciência Hoje On-line

quinta-feira, 4 de abril de 2013

O Sacro Império Romano Germânico


No século XI recebeu o nome de Império Romano e no século XII, Sacro Império. A denominação de Sacro Império Romano-Germânico foi adotada no século XIII. Embora suas fronteiras tenham se ampliado de forma notável ao longo de sua história, os estados germânicos foram sempre seu núcleo principal. Desde o século X, seus governantes eram eleitos reis da Germânia e, geralmente, pretendiam que os papas os coroassem em Roma como imperadores, embora nem sempre o conseguissem.
O Sacro Império Romano foi na realidade uma tentativa de reviver o Império Romano do Ocidente, cuja estrutura política e legal sucumbiu durante os séculos V e VI para ser substituída por reinos independentes, governados por nobres germânicos. O trono imperial de Roma ficou vago depois que Rômulo Augústulo foi deposto em 476. Durante o turbulento início da Idade Média, o conceito tradicional de um reino temporal convivendo com o reino espiritual da Igreja foi encorajado pelo Papado. O império bizantino, com capital em Constantinopla (hoje Istambul, Turquia), que controlava as províncias do Império Romano do Oriente, conservava nominalmente a soberania sobre os territórios que anteriormente eram possessões do Império do Ocidente. Muitas tribos germânicas que haviam conquistado esses territórios reconheceram formalmente o imperador de Bizâncio como seu senhor. Devido em parte a essa situação e também a outras razões, entre as quais se incluem a dependência derivada da proteção bizantina contra os lombardos, os papas reconheceram a autoridade do Império do Oriente durante um grande período de tempo depois da abdicação forçada de Rómulo Augústulo. 

Depois da fusão das tribos germânicas, motivo da criação de uma série de estados cristãos independentes nos séculos VI e VII, a autoridade política dos imperadores bizantinos praticamente desapareceu no ocidente. Ao mesmo tempo, foram sentidas as conseqüências religiosas da divisão da Igreja ocidental, de modo particular durante o pontificado (590-604) de Gregório I. Conforme o prestígio político do império bizantino declinava, o Papado se mostrava cada vez mais ressentido pela ingerência das autoridades civis e eclesiásticas de Constantinopla nos assuntos e atividades da Igreja ocidental. A conseqüente inimizade entre as ramificações da Igreja alcançou seu ponto crítico durante o reinado do imperador bizantino Leão III o Isauro, (717-741) que tentou abolir o uso de imagens nas cerimônias cristãs.
A resistência do Papado ao decreto de Leão culminou (730-732) com a ruptura com Constantinopla. O Papado alimentou então o sonho de ressuscitar o Império do Ocidente. Alguns papas estudaram a possibilidade de embarcar no projeto e assumir a liderança desse futuro estado. Sem força militar alguma nem administração de fato, e em uma situação de grande perigo pela hostilidade dos lombardos na Itália, a hierarquia eclesiástica abandonou a idéia de um reino temporal unido ao reino espiritual e decidiu outorgar o título imperial à potência política dominante na Europa Ocidental no momento: o reino dos francos. Alguns dos governantes francos já haviam provado sua fidelidade à Igreja; Carlos Magno, que ascendeu ao trono franco em 768, havia demonstrado uma grande capacidade para tão elevado cargo, especialmente pela conquista da Lombardia em 773 e pela ampliação de seus domínios até alcançar proporções imperiais.

Em 25 de dezembro do ano 800, o papa Leão III coroou Carlos Magno como imperador. Esse ato originou um precedente e criou uma estrutura política que estava destinada a representar um papel decisivo nos assuntos da Europa Central. O precedente estabeleceu a pretensão papal de eleger, coroar e também depor os imperadores, direito que fez valer, pelo menos em teoria, durante quase 700 anos.

FONTE: http://www.historiadomundo.com.br/romana/sacro-imperio-romano-germanico.htm
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ATIVIDADES:
1) A "Querela das Investiduras" foi um conflito instaurado entre
a) os Papas e os Imperadores do Sacro Império Romano-Germânico.
b) os senhores feudais e os cavaleiros.
c) as ordens religiosas e os Patriarcas de Constantinopla.
d) os monges de Cluny e o Papa Gregório VII.
e) os gibelinos e o Imperador Henrique IV.