sábado, 28 de dezembro de 2013

BBC Brasil - O legado paradoxal de Mao Tsé-Tung na China atual

Cartazes de Mao Tsé-Tung (AP)
O americano Sidney Rittenberg passou 35 anos na China em um tempo de grandes mudanças no país, se tornando amigo pessoal de Mao Tsé-Tung e de outros líderes revolucionários chineses que assumiram o poder a partir de 1945. No dia em que Mao, morto em 1976, faria 120 anos, Rittenberg revela à BBC sua perspectiva única da guerra civil no país, dos primeiros dias do comunismo e da filosofia do Grande Timoneiro, como era chamado Mao. Leia abaixo:
Como tudo mais na China, o papel de Mao hoje em dia é o estudo de um paradoxo. Ele é, ao mesmo tempo, mais e menos do que o imenso cartaz que domina o centro da Praça da Paz Celestial, em Pequim, e que não será removido de lá tão cedo.
Mais do que a foto porque Mao tem para os chineses a estatura de um George Washington para os americanos, é o fundador da República Popular da China, o grande unificador de seu milenar, vasto e diversificado povo.
E menos do que a foto porque a juventude chinesa atual, incluindo jovens membros do Partido Comunista, geralmente nada sabem sobre o que Mao escreveu, seus triunfos e seus monstruosos erros.
O presidente Xi Jinping e sua equipe advertiram que uma "desmaoização" da China, no estilo soviético, poderia gerar grande confusão e o enfraquecimento do presente regime – um regime cuja estabilidade eles consideram essencial para conduzir a China pelo caminho tortuoso da reforma.
Ao mesmo tempo, eles reconhecem como foram catastróficas aventuras de Mao como o Grande Salto Adiante do final dos anos 1950 e a Revolução (anti-) Cultural de 1966 a 1976. Esses experimentos sociais megalomaníacos custaram dezenas de milhões de vidas.
Diferentemente de Stalin, Mao não sentenciou ninguém diretamente à morte e certamente não tinha a intenção de estabelecer a fome em seu país.
Mas ele sabia muito bem que ele estava realizando imensos experimentos sociais que interfeririam nas vidas de multidões – e ele próprio não sabia qual seria o resultado disso.
O líder chinês confessou isso à escritora americana de esquerda Anna Louise Strong em 1958, quando ela estava prestes a escrever um livro elogiando seu programa de coletivização do campo e insdustrialização urbana, o Grande Salto Adiante.
"Espere outros cinco anos antes de escrevê-lo", disse Mao a ela, explicando que ele não tinha certeza sobre o resultado do experimento.

Revivendo o Maoismo

Mas estaria Xi Jinping revivendo o Maoismo? Ou quem o estaria fazendo era Bo Xilai, o agora amaldiçoado ex-dirigente do PC em Chongqing?
A resposta é não em ambos os casos.
"A filosofia analítico-sintética de Mao é a real arma secreta da China, embora ela seja muito negligenciada até mesmo na China atual."
Sidney Rittenberg
Bo estava simplesmente usando slogans demagógicos sobre igualdade para tentar angariar o apoio dos pobres.
Quanto a Xi, as reformas que está propondo vão na direção contrária à economia proposta por Mao – ainda que o atual presidente faça uso da dialética maoísta para analisar os problemas chineses e suas potenciais soluções, além de defender um reconhecimento dos avanços positivos da liderança do "Grande Timoneiro".
Isso nos leva a uma reflexão interessante, quase universalmente ignorada por acadêmicos do Ocidente - com algumas poucas honrosas exceções, como Peter Nolan, da Universidade de Cambridge: a filosofia analítico-sintética de Mao é a real arma secreta da China, embora ela seja muito negligenciada até mesmo na China atual.
Para entender isso, veja o exemplo da situação que encontrei quando cheguei à China, em 1945.
Dois partidos rivais, os nacionalistas do Kuomintang e os comunistas chineses, estavam preparando suas forças armadas para disputar o poder em uma violenta guerra civil.
Do lado dos nacionalistas estavam soldados bem alimentados e bem treinados com apoio aéreo, divisões de tanque, artilharia pesada, transporte motorizado – e em um número muito maior do que o de soldados comunistas.
Eles controlavam as principais linhas de comunicação, todas as principais cidades fora da Manchúria (região no nordeste da China). Gozavam de enorme apoio, na forma de armas e dinheiro, dos EUA. Sua superioridade parecia absoluta.
E do lado dos comunistas? Em novembro de 1946, eu andei 40 quilômetros a partir de Yanan para encontrar a 359ª brigada, cujo comandane, Wang Zhen, era meu amigo.
A 359ª havia participado da lendária Grande Marcha e havia construído uma via até a província de Guangdong, no sul, para dar apoio à base aérea americana lá estabelecida durante a Segunda Guerra.
Ao me encontrar com a brigada no momento em que ela seguia rumo a Yanan, fiquei espantado com o que vi.
Uns poucos em cada divisão usavam sapatos remendados, mas a maioria seguia adiante usando sandálias que eles mesmo haviam costurado. De cada dez homens em uma divisão, cinco ou seis usavam fuzis japoneses que haviam apreendido no passado; o resto usava clavas ou lanças.
Meu coração ficou apertado com o que eu vi: como poderiam vencer?
Ainda assim, eles venceram. Por quê? Por causa de uma maneira superior e mais científica de se pensar, que levou à adoção de políticas criativas e altamente populares (como a reforma agrária) e a táticas versáteis que golpearam as tropas do Kuomintang.

Os princípios

Mao sempre descreveu a si mesmo para visitantes como "um professor de escola primária". Ele era, de fato, provavelmente o professor de filosofia com mais penetração na história humana. Entre seus princípios fundamentais estavam:
  • Buscar a verdade a partir dos fatos: investigar e estudar dos fatos a partir de sua tarefa específica ou localização, e basear suas políticas e ações nisso. Não comece nada a partir de verdades pré-concebidas e colecione fatos que provem que você está certo, negligenciando fatos que coloquem em dúvida suas conclusões;
  • "O um se divide em dois": Tudo tem muitos lados, tudo está em mudança, nada é puro e simples. Não analisar, não testar, concluir como é um livro apenas por olhar a sua capa é uma receita para a simplificação exagerada e para o desastre;
  • O inimigo é muito mais numeroso e mais bem armado que você? Então lute contra ele crescendo aos poucos, em situações locais em que você supera os números dele, em que você tem uma vantagem – nunca lute quando a vitória não é certa. Sua estratégia geral no início é defensiva, mas a luta de cada indivíduo deve ser ofensiva, a fim de equilibrar as forças e vencer a guerra;
  • "Das massas e para as massas": A equipe de liderança precisa ser como uma fábrica, processando dados, carências e demandas do povo na base, formulando políticas para satisfazer essas necessidades, voltando às bases para monitorar a implementação de decisões e fazendo as revisões necessárias. Precisa haver um contínuo processo "para baixo, para cima, para baixo" de liderança. Restaurar esse processo tem sido um esforço-chave da equipe de Xi Jinping.
Historiadores na China e no exterior continuarão a estudar o papel de Mao por séculos, mas o povo chinês provavelmente não irá deixar de lado essa figura de muitos talentos, com o bem e o mal que gerou.
http://www.bbc.co.uk/portuguese/noticias/2013/12/131226_mao_filosofica120rg.shtml

quarta-feira, 16 de outubro de 2013

Exercício sobre o Regime Autoriário - 2º Ano EM

Para complementar a atividade proposta, siga o link abaixo e faça esta outra bateria de questões.
Um abraço!

http://www.questoesdeconcursos.com.br/pesquisar/disciplina/historia-do-brasil/assunto/regime-militar

Exercícios sobre o Regime Autoritário - 2º Ano EM

Questão 1
(FUVEST-SP/2002) “Na presidência da República, em regime que atribui ampla autoridade e poder pessoal ao chefe de governo, o Sr. João Goulart constituir-se-á, sem dúvida alguma, no mais evidente incentivo a todos aqueles que desejam ver o país mergulhado no caos, na anarquia, na luta civil.” (Manifesto dos ministros militares à Nação, em 29 de agosto de 1961).
Esse Manifesto revela que os militares
a) estavam excluídos de qualquer poder no regime de democracia presidencial.
b) eram favoráveis à manutenção do regime democrático e parlamentarista.
c) justificavam uma possibilidade de intervenção armada em regime democrático.
d) apoiavam a interferência externa nas questões de política interna do país.
e) eram contrários ao regime socialista implantado pelo presidente em exercício.


  • Questão 2
    (Mack-SP/2004) A “Marcha da Família com Deus pela Liberdade”, em março de 1964, na cidade de São Paulo, foi:
    a) uma demonstração de forças conservadoras de direita contra o que chamavam de esquerdismo e comunismo do governo João Goulart.
    b) uma manifestação de apoio das famílias de trabalhadores brasileiros ao governo do presidente Goulart.
    c) uma resposta das massas populares, apoiando as Reformas de Base, após o Comício na Central do Brasil (RJ/março de 1964).
    d) uma demonstração de repúdio das classes trabalhadoras a uma possível intervenção militar, com apoio norte-americano, ao governo de Goulart.
    e) uma manifestação, de setores conservadores da sociedade brasileira, de revolta contra a tentativa de se derrubar o governo constitucional.


  • Questão 3
    (FGV-SP/1998) Em relação ao Golpe Militar de 1964 no Brasil, pode-se dizer:
    I- Foi fruto de uma conspiração civil-militar alarmada com os rumos nacionalistas do governo João Goulart.
    II- Foi a forma encontrada pelos comandos militares para garantir a posse do novo presidente.
    III- Representou a repulsa de setores da sociedade brasileira à tentativa de João Goulart de aumentar a presença do capital estrangeiro no país.
    IV- Evitou a tentativa do Partido Comunista Brasileiro, de sindicatos de trabalhadores e de setores do Partido Trabalhista Brasileiro de exigir do presidente, a implementação imediata das “reformas de base”.
    Estão corretas as frases:
    a) III e IV. b) III e V. c) I, II e III. d) I, IV. e) II, III e IV.


  • Questão 4
    (UFC-CE/2001) “Chefes altamente qualificados do Movimento de Março de 64 preferem chamá-lo contra revolução. Com efeito, houve uma reação ao rumo desordenado e ameaçador das liberdades democráticas que a Nação tomava sob Goulart. (...) Março de 64 é, pois, uma resposta e não um projeto autônomo. Por isso, foi feito em nome do Anti: anticomunismo, antipeleguismo, anticorrupção”. (Jarbas Passarinho, Folha de São Paulo, 31/03/1982).
    “Com efeito, o governo de Jango não caiu por seus defeitos... ele foi derrubado por suas virtudes. Essencialmente porque representava uma ameaça inadmissível para as classes dominantes. Quem viveu aqueles últimos meses de tensão recordará tanto a animosidade e o ódio que se alastraram por toda a casta de privilegiados contra o governo nacionalista e sindicalista, como o entusiástico apoio popular ao governo trabalhista e reformista”. (Darcy Ribeiro, Folha de São Paulo, 30/03/1982).
    Com base nos testemunhos acima citados, faça o que é pedido abaixo.
    a) Identifique os pontos de vista de cada um dos autores citados com relação ao golpe militar de 1964.
    b) Compare os projetos políticos para o Brasil que estão implícitos nos dois trechos acima citados.


  • Questão 5
    (Unicamp-SP/1996) “A palavra revolução tem sido empregada de modo a provocar confusões... No essencial, porém, há pouca confusão quanto ao seu significado central: sabe-se que a palavra se aplica para designar mudanças drásticas e violentas na estrutura da sociedade.” (FLORESTAN Fernandes. O que é Revolução. SP: Brasiliense, 1981, p.7 e 8.)
    Explique por que, segundo o conceito proposto por Florestan Fernandes, o movimento político de 1964 não foi uma revolução.
  • terça-feira, 1 de outubro de 2013

    quinta-feira, 26 de setembro de 2013

    Oriente Médio - A Proposta de Dois Estados (A Favor)

    Dois Estados são mais viáveis

     Dois estados autônomos e soberanos e Jerusalém capital para ambos levaria à complementariedade

     A criação de dois Estados é a melhor solução para o conflito Israel x Palestina?  Sim.


    A solução de dois Estados, um para a comunidade judaica e outro para os palestinos continua sendo, até hoje, a posição oficial dos organismos internacionais, como a ONU, das lideranças palestinas e, o mais importante, é a vontade da maioria esmagadora dos dois povos envolvidos.
    Neste pequeno espaço destaco uma questão de fundo que deve ser considerada: a identidade nacional de cada um desses dois povos. A opção de um estado binacional levaria, mais cedo ou mais tarde, ao surgimento de conflitos internos entre os dois, lembrando que, antipatias e ódios estão sendo cultivados há décadas. Hoje temos duas identidades culturais e políticas, totalmente distintas e antagônicas. Ninguém abriria mão de sua própria identidade.

    De um lado, os judeus alegam que a capacidade reprodutiva dos palestinos, que é maior que a dos judeus, levaria os palestinos a se tornarem maioria num prazo curto de tempo, no caso de um estado binacional democrático, e a comunidade judaica se tornaria minoritária e sem poder, colocando em risco a sua própria identidade. Por outro lado, os palestinos alegam que um estado binacional criaria um apartheid, mesmo com maioria palestina, uma situação idêntica àquela que ocorreu na África do Sul. Ou seja, a desconfiança é tanta de ambos os lados, que dificultaria até o diálogo numa mesa de negociação.
     Dois estados autônomos e soberanos, Jerusalém capital para ambos, sendo a área das instituições sagradas administrada por organismos internacionais e acordos a serem firmados nos campos diplomático e econômico constituir-se-ão iniciativas que, no tempo, tenderão a minimizar as desconfianças, levando a uma situação de complementariedade, não apenas entre palestinos e israelenses, mas também entre todos os países do Oriente Médio, resultando numa região economicamente desenvolvida, com povos vivendo em harmonia entre si.

    Dois estados vizinhos, cada um abrigando uma minoria do outro, é uma situação fantástica para investir na harmonização das relações entre ambos os países. Respeitando-se os direitos da minoria judaica na Nova Palestina e da minoria árabe em Israel, abre-se caminho para uma efetiva relação entre os dois povos, inclusive, por motivos de parentesco que permanece existindo entre cada minoria e a maioria do país vizinho.

    Muçulmanos e judeus, por longos períodos, viveram em harmonia. As cruzadas os expulsaram do sul europeu. Todos os países árabes receberam durante séculos as comunidades judaicas que se integraram totalmente com os seus povos. O ano de 1956 foi o marco da desgraça, quando Inglaterra, França e Israel atacaram o Egito, por ocasião da nacionalização do Canal de Suez.

    O problema principal, a meu ver, reside em responder à seguinte questão: até que ponto o ocidente dominante está, de fato, interessado em ver resolvido o conflito entre árabes e israelenses? As tempestades da “Primavera Árabe” revelam, claramente, que os conflitos, naquela região, atendem aos interesses dos países centrais, seja por questões geopolíticas ou, mesmo, por recursos energéticos. Posso dizer, lamentavelmente, que o Oriente Médio voltará a viver em paz, somente, quando esgotar tudo aquilo que é de interesse dos países dominantes. Na hora “H” são esses países que definem como a questão israelense palestina deve ser resolvida.

    (*) Mohamed Habib é professor da Unicamp e conselheiro do Instituto de Cultura Árabe
    http://operamundi.uol.com.br/conteudo/opiniao/31321/dois+estados+sao+mais+viaveis.shtml 

    Oriente Médio - A Proposta de Dois Estados (Contra)

    Dois Estados: entre miragem e simulacro

     É preciso saber se se busca uma solução justa para a Palestina ou só uma solução

    A criação de dois Estados é a melhor solução para o conflito Israel x Palestina?
    NÃO

    Quando se pensa a questão da Palestina, é preciso decidir se o que se está buscando é uma solução justa ou apenas uma solução.                                                                
    É verdade que a Justiça é um conceito fugidio e que a sua realização por completo talvez não seja deste mundo. Mas ainda assim é algo que se pode perseguir.
    A pergunta então é se a solução de dois Estados, segundo a fórmula agora consagrada, vivendo em paz, lado a lado, é uma solução, e se é, além disso, uma solução justa.

    Ainda que, já faz um tempo, pareça haver razoável consenso de que a solução dos dois Estados é a única cabível – o que lhe empresta alguma legitimidade – o fato é que essa convicção nasce muito mais de um julgamento sobre a sua factibilidade política do que sobre a sua natureza equânime.
    As pessoas e os Estados podem se convencer de que o melhor, o mais justo, é dar à tragédia nacional palestina, que é mais comumente representada como um conflito entre dois povos com pretensões concorrentes – por vezes, equivalentes – sobre a mesma terra, uma resposta que tenha alguma esperança de permanência e que seja aquela possível, nas circunstâncias.
    Ocorre, no entanto, que, se o fazem honestamente, não se dão conta de que estão como quem persegue uma miragem.
    O que os israelenses conseguiram fazer, ao longo de décadas, foi transformar continuamente as circunstâncias, para que o possível fosse cada vez menos.
    O mundo, ou uma parte dele, teria acreditado, em 1947, que a solução de dois Estados que realizaria a Justiça dividiria a Palestina histórica praticamente meio a meio.
    Hoje uma maioria pensa, ou ao menos diz, que o Estado palestino teria cerca de 20% do território histórico, seria desmilitarizado – já que, segundo a fórmula, ninguém se esquece de que é preciso garantir a segurança de Israel, o qual, por sua vez, imagina-se, não representa risco à segurança dos palestinos – e estaria virtualmente sob o controle de Israel.
    A solução de dois Estados, tal com se anuncia hoje, concebe um Estado vivendo ao lado – talvez seja mais apropriado dizer acima – de um simulacro de Estado. E mesmo o simulacro parece longe do alcance das mãos.
    Se e quando o simulacro se realizar, temo que será para permitir que uma solução enterre de vez a esperança de Justiça.

    (*) Salem H. Nasser é professor de Direito Internacional da Direito-GV
    http://operamundi.uol.com.br/conteudo/opiniao/31320/dois+estados+entre+miragem+e+simulacro.shtml 

    quinta-feira, 19 de setembro de 2013

    Trabalho para o 7º Ano 2013 - Reforma e Contrarreforma



    1. Qual das alternativas abaixo aponta uma das causas da Reforma Protestante do século XVI?
    A - O enfraquecimento da burguesia comercial no século XV.
    B - A crise enfrentada pela Igreja Católica desde o final da Idade Média.
    C - O fortalecimento das religiões politeístas na Europa desde o começo da Idade Média (século V).
    D - A Peste Negra do século XIV que afastou a maioria dos europeus da Religião Católica.
    __________________________________
    2. De que forma o Renascimento Cultural e Científico influenciou a Reforma Protestante?
    A - As descobertas científicas e a valorização da ciência e da razão colocaram em cheque muitas posições da Igreja Católica, abrindo espaço para o surgimento do movimento reformista.
    B - As obras de arte do Renascimento não abordavam temas religiosos, deixando de lado os valores cristãos.
    C - Os artistas do Renascimento, principalmente Leonardo do Vinci e Michelangelo, organizaram politicamente os reis europeus em prol da Reforma Protestante.
    D - Os escritores renascentistas ajudaram Lutero e Calvino na redação dos princípios reformistas.
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    3. Por que grande parte da burguesia comercial europeia apoiou a Reforma Calvinista?
    A - Porque os burgueses tinham grande interesse no enfraquecimento da Igreja Católica, na ressurgimento da Ciência e na volta do sistema feudal de produção.
    B - Porque a burguesia comercial tinha interesses na compra das terras da Igreja Católica em toda Europa.
    C - Ao contrário da Igreja Católica, o Calvinismo não condenava as práticas econômicas e financeiras que visavam o lucro.
    D - Porque os membros da Igreja Calvinista, além do próprio Calvino, poderiam ajudar financeiramente os burgueses em suas atividades comerciais.
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    4. Sobre a Reforma Luterana é correto afirmar:
    A - A Reforma Luterana teve início na Inglaterra e teve forte apoio dos camponeses e monges franciscanos.
    B - A Reforma Luterana foi idêntica à Reforma Calvinista, pois ambas eram contrárias a grande parte dos valores cristãos.
    C - Lutero condenou os dogmas da Igreja Católica, a venda de indulgências e defendeu a ideia de que a salvação do homem ocorria pelos atos praticados em vida e pela fé.
    D - Ela teve pouco impacto na Europa no século do século XVI, pois quase ninguém aderiu aos ideais de Martinho Lutero.
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    5. Sobre a Contrarreforma (reação da Igreja Católica à Reforma Protestante) é correto afirmar que:
    A - O movimento contrarreformista não teve o apoio do papa e dos bispos católicos, pois eles acreditavam que não havia nada o que fazer para evitar o avanço do protestantismo na Europa.
    B - Ela conseguiu enfraquecer e terminar com todas as religiões protestantes já no século XVI.
    C - Ela conseguiu instalar a paz religiosa na Europa, evitando qualquer tipo de perseguição ou conflito religioso.
    D - Ela retomou o Tribunal do Santo Oficio, determinou a catequização de indígenas nas terras descobertas e criou o Índice de Livros Proibidos.

    Assista agora um dos vídeos propostos abaixo:



    domingo, 14 de abril de 2013

    Novidades na pré história brasileira

    Siga o link abaixo se necessário:
    http://cienciahoje.uol.com.br/noticias/2011/03/novidades-na-fauna-pre-historica-brasileira

    Paleontólogos anunciam achados fósseis que contribuem para o entendimento da diversidade de animais que habitaram o Brasil no período Cretáceo. Entre as descobertas estão o maior dinossauro carnívoro do país, um pequeno lagarto, um crocodilomorfo e penas.
    Por: Sofia Moutinho
    Publicado em 17/03/2011 | Atualizado em 25/03/2011
    Novidades na fauna pré-histórica brasileira
    A partir de fósseis encontrados no Maranhão, pesquisadores do Museu Nacional/UFRJ descreveram uma nova espécie de dinossauro, o maior animal carnívoro pré-histórico descoberto no Brasil. (ilustração: Maurílio Oliveira)
    O maior dinossauro carnívoro brasileiro de que se tem notícia, penas fossilizadas, um lagartinho e um jacaré pré-históricos são as mais recentes novidades da paleontologia no Brasil. As descobertas, publicadas na edição atual dos Anais da Academia Brasileira de Ciências, contribuem para a compreensão da diversidade da fauna que viveu no país no período Cretáceo (entre 145 milhões e 500 mil e 65 milhões e 500 milhões de anos atrás).
    Os achados foram anunciados ontem em evento organizado pela Academia Brasileira de Ciências e pelo Museu Nacional da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ). Chama a atenção a descrição do gigante carnívoro Oxalaia quilombensis, espécie que inaugura um novo gênero de dinossauros.
    Oxalaia quilombensis
    Representação artística do gigante carnívoro ‘Oxalaia quilombensis’, que media cerca de 14 m de comprimento e viveu no Brasil há 95 milhões de anos. (ilustração: Maurílio Oliveira)
    O animal, que media cerca de 14 metros de comprimento do focinho à ponta da cauda e pesava em torno de sete toneladas, viveu há 95 milhões de anos na região hoje conhecida como Laje do Coringa, na ilha do Cajual, no Maranhão. Antes de sua descoberta, o maior carnívoro brasileiro era o Pycnonemosaurus, com nove metros.
    A nova espécie foi descrita com base em fósseis da narina e de parte do maxilar do animal, encontrados bem conservados em 1997 e guardados no Museu Nacional desde então.
    O Oxalaia quilombensis é também o primeiro dinossauro terópode (carnívoros bípedes da ordem Saurischia) do período Cretáceo Superior já descrito no país. A espécie, classificada entre os espinossaurídeos, é mais semelhante aos membros africanos do grupo, como o Spinosaurus aegipticus, do que aos espinossaurídeos já encontrados no Brasil.
    Segundo a paleontóloga Elaine Machado, do Museu Nacional, esse é um indício de que o dinossauro brasileiro compartilha um ancestral em comum com o africano. “Na época em que Oxalaia viveu, os continentes já não estavam mais unidos”, afirma a pesquisadora. “Isso indica que ele pertence à mesma linhagem do dinossauro africano e se desenvolveu em paralelo aqui no Brasil.”
    A origem africana do dinossauro também está presente em seu nome, que faz referência aos quilombos, comuns na região de sua descoberta, e à entidade religiosa oxalá.
    No Nordeste – desta vez na bacia do Araripe, no Ceará – foram coletadas ainda três penas fósseis. O material deve levar a uma revisão das pesquisas sobre as penas já encontradas na região.
    Pena fóssil
    Pena fóssil de 115 milhões de anos encontrada na bacia do Araripe, no Nordeste do Brasil. (foto: Sofia Moutinho)
    As penas fossilizadas, descobertas durante uma expedição de alunos da Universidade Federal de Pernambuco (UFPE), datam de 115 milhões de anos, quando já havia aves no planeta. Segundo a paleontóloga Juliana Sayão, da UFPE, as penas não têm estrutura adequada para o voo e provavelmente pertenciam a aves não voadoras ou a dinossauros terópodes.
    “Ainda não podemos afirmar quem eram os donos dessas penas, porque até hoje não foram encontrados registros de aves dessa região para a comparação”, explica Sayão. Caso seja confirmado que as penas pertenciam a aves, elas serão os mais antigos vestígios aviários da América do Sul.

    Lagartos e jacarés

    As outras duas descobertas ocorreram em São Paulo, na bacia Bauru, que fica entre Marília e Presidente Prudente. Nos últimos anos, essa área tem sido fonte de muitos achados de dinossauros e pequenos vertebrados.
    Mandíbula fóssil de Brasiliguana prudentis
    Mandíbula fóssil do lagarto ‘Brasiliguana prudentis’. O pequeno animal, que viveu no período Cretáceo, media cerca de 15 cm. (foto: Anais da ABC)
    Um deles é um lagarto de cerca de 15 cm que também viveu no período Cretáceo e foi batizado de Brasiliguana prudentis, por ser muito semelhante às iguanas atuais. O animal foi descrito com base em uma mandíbula fossilizada de 7 mm de comprimento encontrada extremamente preservada, com sete dentes intactos, em 2005.
    O paleontólogo Willian Nava, do Museu de Paleontologia de Marília, conta que é muito raro encontrar fósseis inteiros de pequenos vertebrados na região. “Eu procurava vestígios de aves quando me deparei com esses ossinhos esbranquiçados, sonho de qualquer paleontólogo”, conta.
    A segunda descoberta feita em São Paulo foi um crocodilomorfo, o Pepesuchus deiseae, que viveu na região há 80 milhões de anos. O animal predador media cerca de três metros de comprimento e habitava tanto a água quanto a terra.
    Pepesuchus deiseae
    Reconstrução do crocodilomorfo ‘Pepesuchus deiseae’ em vida, com duas mandíbulas fósseis ao fundo. Esse animal viveu há cerca de 80 milhões de anos na região entre Marília e Presidente Prudente, em São Paulo. (foto: Sofia Moutinho)
    Foram coletados dois exemplares de crânio e mandíbulas fósseis do jacaré pré-histórico, que se junta agora às 15 outras espécies crocodilomorfas já encontradas na região. O que difere o Pepesuchus deiseae dos demais crocodilomorfos já descobertos é a presença de cinco afiados dentes pré-maxilares.
    Com essa descoberta aumentamos o leque de espécies que existiam em São Paulo e podemos entender melhor quais animais habitavam quais lugares”, avalia um dos responsáveis pela descoberta, o paleontólogo Gustavo Oliveira, do Museu de Ciências da Terra.

    Sofia Moutinho

    Ciência Hoje On-line

    quinta-feira, 4 de abril de 2013

    O Sacro Império Romano Germânico


    No século XI recebeu o nome de Império Romano e no século XII, Sacro Império. A denominação de Sacro Império Romano-Germânico foi adotada no século XIII. Embora suas fronteiras tenham se ampliado de forma notável ao longo de sua história, os estados germânicos foram sempre seu núcleo principal. Desde o século X, seus governantes eram eleitos reis da Germânia e, geralmente, pretendiam que os papas os coroassem em Roma como imperadores, embora nem sempre o conseguissem.
    O Sacro Império Romano foi na realidade uma tentativa de reviver o Império Romano do Ocidente, cuja estrutura política e legal sucumbiu durante os séculos V e VI para ser substituída por reinos independentes, governados por nobres germânicos. O trono imperial de Roma ficou vago depois que Rômulo Augústulo foi deposto em 476. Durante o turbulento início da Idade Média, o conceito tradicional de um reino temporal convivendo com o reino espiritual da Igreja foi encorajado pelo Papado. O império bizantino, com capital em Constantinopla (hoje Istambul, Turquia), que controlava as províncias do Império Romano do Oriente, conservava nominalmente a soberania sobre os territórios que anteriormente eram possessões do Império do Ocidente. Muitas tribos germânicas que haviam conquistado esses territórios reconheceram formalmente o imperador de Bizâncio como seu senhor. Devido em parte a essa situação e também a outras razões, entre as quais se incluem a dependência derivada da proteção bizantina contra os lombardos, os papas reconheceram a autoridade do Império do Oriente durante um grande período de tempo depois da abdicação forçada de Rómulo Augústulo. 

    Depois da fusão das tribos germânicas, motivo da criação de uma série de estados cristãos independentes nos séculos VI e VII, a autoridade política dos imperadores bizantinos praticamente desapareceu no ocidente. Ao mesmo tempo, foram sentidas as conseqüências religiosas da divisão da Igreja ocidental, de modo particular durante o pontificado (590-604) de Gregório I. Conforme o prestígio político do império bizantino declinava, o Papado se mostrava cada vez mais ressentido pela ingerência das autoridades civis e eclesiásticas de Constantinopla nos assuntos e atividades da Igreja ocidental. A conseqüente inimizade entre as ramificações da Igreja alcançou seu ponto crítico durante o reinado do imperador bizantino Leão III o Isauro, (717-741) que tentou abolir o uso de imagens nas cerimônias cristãs.
    A resistência do Papado ao decreto de Leão culminou (730-732) com a ruptura com Constantinopla. O Papado alimentou então o sonho de ressuscitar o Império do Ocidente. Alguns papas estudaram a possibilidade de embarcar no projeto e assumir a liderança desse futuro estado. Sem força militar alguma nem administração de fato, e em uma situação de grande perigo pela hostilidade dos lombardos na Itália, a hierarquia eclesiástica abandonou a idéia de um reino temporal unido ao reino espiritual e decidiu outorgar o título imperial à potência política dominante na Europa Ocidental no momento: o reino dos francos. Alguns dos governantes francos já haviam provado sua fidelidade à Igreja; Carlos Magno, que ascendeu ao trono franco em 768, havia demonstrado uma grande capacidade para tão elevado cargo, especialmente pela conquista da Lombardia em 773 e pela ampliação de seus domínios até alcançar proporções imperiais.

    Em 25 de dezembro do ano 800, o papa Leão III coroou Carlos Magno como imperador. Esse ato originou um precedente e criou uma estrutura política que estava destinada a representar um papel decisivo nos assuntos da Europa Central. O precedente estabeleceu a pretensão papal de eleger, coroar e também depor os imperadores, direito que fez valer, pelo menos em teoria, durante quase 700 anos.

    FONTE: http://www.historiadomundo.com.br/romana/sacro-imperio-romano-germanico.htm
    _________________________________________
    ATIVIDADES:
    1) A "Querela das Investiduras" foi um conflito instaurado entre
    a) os Papas e os Imperadores do Sacro Império Romano-Germânico.
    b) os senhores feudais e os cavaleiros.
    c) as ordens religiosas e os Patriarcas de Constantinopla.
    d) os monges de Cluny e o Papa Gregório VII.
    e) os gibelinos e o Imperador Henrique IV.

    segunda-feira, 4 de fevereiro de 2013

    Apresentação de Slides Idade Média

    http://www.slideshare.net/gibiteca/idade-mdia-ocidental

    Questões sobre Vargas

    Questão 1
    (PUC-RS) “Façamos a revolução antes que o povo a faça.” A frase, atribuída ao governador de Minas Gerais, Antônio Carlos de Andrada, deixa entrever a ideologia política da Revolução de 1930, promovida pelos interesses
    a) da burguesia cafeicultora de São Paulo, com vistas à valorização do café.
    b) do operariado, com o objetivo de aprofundar a industrialização.
    c) dos partidos de direita fascistas, no intuito de estabelecer um Estado forte.
    d) das oligarquias dissidentes, aliadas ao tenentismo pela reforma do Estado.
    e) da burguesia industrial, na busca de uma política de livre iniciativa.


    Questão 2
    Observe atentamente estas duas figuras abaixo:

    a) Aponte quais são os grupos sociais destacados nas duas fotos.
    b) Como a Era Vargas contemplou os dois grupos sociais em questão durante o seu governo?
    c) Explique como a figura de Vargas aparece nas duas gravuras trabalhadas.

    Questão 3
    (PUC-Campinas) Observe a caricatura.

    A caricatura revela um momento da chamada "era de Vargas", quando Getúlio preparava-se para
    a) assumir a presidência da República, após a sua eleição indireta pela Assembleia Constituinte.
    b) liderar um golpe militar, instaurando um período histórico conhecido por Estado Novo.
    c) disputar as eleições diretas para a presidência da República, no contexto da redemocratização do país.
    d) executar os princípios do Plano Cohen, visando impedir o avanço dos comunistas e dos integralistas ao poder.
    e) comandar uma revolução constitucionalista, contra a oligarquia do setor agroexportador.

    Questão 4
    (FUVEST) A ascensão de Getúlio Vargas em 1930 deu-se num contexto de crise mundial.
    a) Como essa crise afetou o Brasil?
    b) Comente sobre as forças políticas que o apoiaram.

    Questão 5
    (PUC-RS) Em março de 1931, o Decreto nº 19.770 criava, no Brasil, o Ministério do Trabalho, Indústria e Comércio. Considerando-se o contexto histórico, pode-se afirmar que esse ato do Poder Executivo tinha como um dos seus objetivos
    a) promover a expansão do setor primário.
    b) desregulamentar o sistema de contratação e de impostos.
    c) concentrar a renda nacional nas camadas médias urbanas.
    d) acabar com a organização autônoma do movimento operário.
    e) intervir nas relações de trabalho no campo.
    Questão 6
     (UFF-RJ-2000) “A Revolução de 1930 pôs fim à hegemonia do café, desenlace inscrito na própria forma de inserção do Brasil no sistema capitalista internacional”. (Fausto, Bóris. A revolução de 30: Historiografia e História. SP, Brasiliense, 1972, p.112).

    a) Vários fatores sociais determinaram este processo revolucionário. Cite dois deles.
    b) Analise os desdobramentos da Revolução de 1930 na industrialização brasileira.
    Questão 7
      (Fuvest-SP/2000) “São Paulo não está apenas descontente. Está ferido na sua sensibilidade. O que a Revolução lhe pediu ele lho deu... Por que a Revolução tarda em restaurá-lo na sua autonomia e no governo direto de seus filhos? Cansado de viver como terra conquistada, São Paulo... pede apenas, à frente da administração de seus negócios, um de seus filhos que lhe compreenda o espírito e não lhe golpeie o coração”. (O Estado de S. Paulo, 27 de janeiro de 1932)

    Explique os impasses políticos discutidos por esse jornal e indique seus desdobramentos.